O ato de brincar proporciona às crianças o desenvolvimento de competências quer ao nível individual quer ao nível da interação social, o espírito de equipa é reforçado, e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e da linguagem também. É no ato de brincar que a criança adquire perceção do seu mundo, interagindo com o ambiente e com os demais. Quando brincam, as crianças experienciam sentimentos, são despertados gostos pessoais e motivações, aprendem a ser mais participativas e integrativas.
As escolas são locais com potencial para o desenvolvimento das capacidades sociais, cognitivas e emocionais. Sendo o recreio e os espaços lúdicos as zonas onde melhor se podem desenvolver estas capacidades. Neste contexto, o brincar é uma estratégia valiosa na aquisição de novos conceitos, uma vez que impele o interesse do aluno, favorecendo ainda o desenvolvimento ao nível emocional, psicomotor e social.
É com base na importância do brincar para a felicidade e desenvolvimento das crianças que é apresentada esta proposta para Escola Básica do 1º Ciclo Gago Coutinho, no âmbito da restruturação dos seus espaços lúdicos exteriores. Cientes de que das intervenções, por mais modestas que pareçam, irão surtir grandes mudanças na vida das 139 crianças que diariamente frequentam a escola do 1º ao 4º ano. Destas, 128 crianças frequentam as Atividades de Enriquecimento Curricular, permanecendo em ambiente escolar até às 17h30.
O espaço exterior da escola não tem de momento quaisquer infraestruturas, ou delimitações dedicadas a diferentes atividades, pelo que as crianças ocupam os tempos livres de intervalo a correr desenfreadamente, sentadas no chão a conversar, ou somente a caminhar, sem verdadeiramente conseguirem usufruir do seu merecido tempo de brincadeira.
A criação de zonas diferenciadas permitirá a prática de desporto, de atividades de lazer, de momentos de socialização e de atividades relacionadas com a proteção ambiental.
Para tal, proponho que no recreio da escola seja criado o seguinte: um campo de jogos, um espaço que permita a leitura potenciando a troca de livros entre alunos, uma área de jogos tradicionais no chão e jogos de mesa, uma zona de lanches e socialização, um jardim-horta biológica, bebedouros e uma zona de ecoponto.
Desta forma conseguiríamos desenvolver a vertente lúdico-desportiva e psicomotora.
A caracterização do espaço exterior em áreas permitirá o desenvolvimento de gostos pessoais e interação entre as crianças, bem como a socialização e integração. Permitirá certamente melhorar o desempenho escolar das crianças, podendo este indicador ser avaliado para futura aplicação do modelo noutras escolas.
Valor de investimento estimado: 45.000€